Especialista alerta sobre risco de exposição da pele no verão
O verão chegou! Para a estação mais quente do ano são imprescindíveis os cuidados que devem ser tomados com a saúde. Para aproveitar o sol de maneira saudável, é necessário proteger a pele do sol. A médica oncologista Patrícia Borrione explica que é importante, sempre que possível, usar chapéus, óculos escuros e evitar a exposição entre as 10 e as 16 horas, quando a incidência do sol é mais intensa.
De acordo com a médica, a maior parte dos cânceres de pele ocorre em áreas que estão regularmente expostas à radiação ultravioleta. “A exposição ao sol é considerada a principal causa de todos os tipos de câncer de pele. O uso do protetor solar é indicado para uso diário, com FPS (fator de proteção solar) mínimo de 30”, explica. A oncologista detalha que o protetor deve ser aplicado pelo menos 30 minutos antes de se expor ao sol, reaplicando-o constantemente.
Existem diferentes tipos de câncer de pele. Os mais recorrentes causam lesões locais. O carcinoma basocelular é o tipo mais comum. “A cirurgia costuma ser o tratamento curativo na grande maioria dos casos. Lesões que por ventura passem despercebidas e se tornem volumosas ainda podem ser ressecadas com técnicas de cirurgia plástica”, afirma.
O segundo tipo mais comum é o carcinoma epidermóide que é semelhante ao basocelular. “O diferencial é que quando se torna volumoso pode levar a metástases linfonodais (dos gânglios). Também é um tumor que costuma ser curativo com cirurgia, mas, às vezes, pode precisar de tratamento complementar com radioterapia e em casos doença irressecavel, quimioterapia”, informa Dra. Patrícia Borrione.
O melanoma, o subtipo menos comum, é o mais perigoso. Trata-se de um câncer de pele agressivo com possibilidade de metástase, disseminação para outros órgãos. Dra. Patrícia Borrione frisa a importância do diagnóstico precoce, que oportuniza um tratamento curativo baseado exclusivamente em cirurgia. “Porém, a partir do momento em que a doença deriva para gânglios ou órgãos (fígado, pulmão, cérebro) as chances de cura caem drasticamente. Nas duas últimas décadas, a cada ano, cresce o número de casos de melanoma maligno”, explica a oncologista.
Patrícia Borrione comenta que existem melanomas de pele, de mucosa, no olho e acral – o Melanoma de pele é o mais comum. Ela detalha que entre os fatores de risco estão: exposição à luz ultravioleta, o bronzeamento artificial e a existência de sardas e nevos. Cita também história pessoal e familiar, além do histórico de queimadura solar na infância e adolescência. Segundo ela, a doença é mais comum em pessoas com cabelos claros ou ruivos e olhos azuis, contudo, o diagnóstico em pessoas de pele parda ou negra vem aumentando pela falsa idéia de proteção.